Oque acham de assitir jogos igual jogamos nos games?

Pois é galera,para os cerca de um bilhão de aficionados por futebol, é duro vencer a emoção de ver uma bola passar pelos braços abertos do goleiro e balançar o fundo da rede.
A cobertura de televisão de quase todos os esportes melhorou consideravelmente graças ao maior número de câmeras e tecnologias de detecção do campo, mas como seria se os espectadores pudessem comandar os pontos de visualização ao vivo durante a partida, mudando de uma visão lateral para uma visualização aproximada daquilo que o atacante vê quando dribla o zagueiro pela esquerda para fazer o gol?
Os uniformes dos atletas equipados com câmeras inteligentes que estão sendo projetados e testados atualmente fazem exatamente isso, provando que a tecnologia wearable está em condições de levar os momentos mais carregados de adrenalina dos esportes a novos patamares.

Jose A. Ildefonso sabe o que é isso e acha que essa deveria ser a nova norma para os fãs de esporte.
Como Diretor Executivo da First V1sion, empresa sediada em Barcelona, Ildefonso e sua equipe desenvolveram equipamentos esportivos de alta tecnologia que captam a perspectiva do atleta, colocando os fãs no centro da ação.

Sua equipe ficou entre as 10 finalistas deste ano no Desafio Make It Wearable da Intel.
Para o olho não treinado, seu protótipo parece uma camiseta para a prática de esportes.
No entanto, essa roupa esportiva tem uma câmera disfarçada virada para frente, acelerômetros e um conjunto de sensores biométricos que acompanham o ritmo cardíaco.
“Isso vai introduzir um novo elemento no jogo que vai aprimorar o espetáculo,” diz Ildefonso, falando sobre como a câmera e os diferentes dispositivos colocarão você o mais humanamente próximo possível da emoção sem invadir o campo.
Na filmagem feita com a câmera de uma camiseta da First V1sion em ação, vemos o espetáculo pelos olhos de um praticante de saltos ornamentais, um jogador de tênis, um jóquei montando um cavalo. Alguns dos clipes são incrivelmente parecidos com o que se vê ao jogar um videogame e isso é um bom prenúncio para as glândulas renais.
Nos videogames, o mundo é geralmente apresentado do ponto de vista do personagem principal, aquilo que os desenvolvedores de games chamam de “perspectiva em primeira pessoa.” Ela pode despertar sentimentos bastante fortes de proximidade e euforia.
Existe um motivo psicológico para isso chamado presença espacial e significa que você começa a sentir como se estivesse lá.

Para entender melhor, basta conhecer a nova edição do Grand Theft Auto V, cuja maior atração é como é possível espionar sua Los Angeles ficcional por meio do brilho hostil do seu personagem.Pular de um avião sem paraquedas é muito mais assustador quando seu cérebro é iludido a acreditar momentaneamente que aquilo está realmente acontecendo com você e não com o personagem do seu game. Se o esporte puder explorar essa sensação, mesmo que só um pouquinho, o entusiasmo podem alcançar níveis inimagináveis.
Mesmo que as transmissões esportivas nunca cheguem a proporcionar a sensação ideal de estar participando do jogo, ainda assim elas têm muito a ganhar com a tecnologia da First V1sion, acrescenta Ildefonso
“As situações mais importantes [serão as mais beneficiadas], inclusive a cobrança de pênalti no futebol, um arremesso livre no basquete, um match point no tênis, uma comemoração”, diz.
“Imagine se você pudesse ver do ponto de vista do goleiro e também do atacante em uma cobrança de pênalti. Imagine se pudesse ver seus ritmos cardíacos, quem está mais nervoso.”
No mínimo, ela promete dar aos aficionados por esporte explosões de emoção ainda maiores.
Não demorará muito para começarmos a ver mais desses uniformes equipados com tecnologia no mundo real. No meio de 2015, alguns times da National Footbal League (NFL) começaram a fazer testes com capacetes de contato com câmeras acopladas e os programas de futebol universitário.
Quanto à tecnologia da First V1sion, ela será usada em caráter experimental pelo Clube de Futebol Córdoba da Espanha nesta temporada.

Fontes: Intel